Nossas Crenças

1. Buscamos estudar e vivenciar a cultura e espiritualidade dos Celtas, baseando-nos nos Mitos e histórias célticas, nos estudos históricos, arqueológicos, folclóricos, fontes medievais e clássicas (de autores gregos e romanos), e também em estudos e trabalhos de celtistas e druidistas contemporâneos, brasileiros ou não. 


2. Acreditamos e honramos os Deuses e Deusas Celtas, que são forças, seres imortais, presentes em toda a natureza. Acreditamos que eles são nossos ancestrais mais antigos, e por isso não os consideramos tão distantes ou afastados de nós, pois são nossa família, amigos, pais, mães, que nos protegem, guiam, abençoam, ensinam e inspiram. 


3. Honramos nossos ancestrais de sangue, nossos antepassados que mesmo podendo estar em outros mundos, ainda são ligados a nós, e nós a eles. Honramos os ancestrais da terra, que são os povos e culturas nativas de nossa região ou país, e os espíritos da terra, que habitam e dão vida à natureza local, amazônica e brasileira, e estão ligados a “Alma do Mundo”, a Mãe Terra, assim como nós também estamos ligados a eles e ao planeta. 


4. Acreditamos que a natureza e o planeta Terra é vivo, e portanto, é sagrado. Respeitamos e honramos a ciclicidade da natureza, as estações, o ritmo das marés, os ciclos da lua... E que essa ciclicidade está presente também em nossas vidas, e deve ser reconhecida e celebrada. 


5. Celebramos e honramos a natureza e os Deuses por meio de rituais ou cerimônias religiosas relacionadas às estações do ano (solstícios e equinócios), aos festivais tradicionais celtas (Samhain, Imbolc, Beltane e Lughnassadh), e práticas individuais (preces, meditações, oferendas...). 


6. Acreditamos na imortalidade da alma, no renascimento da mesma (em forma humana ou não), e na existência de Outros Mundos paralelos ou transcendentes a este a qual vivemos, e que nestes outros mundos habitam os Deuses, os espíritos de mulheres e homens dignos e justos, os espíritos de nossos antepassados, de animais etc. 


7. Acreditamos que a Inspiração (Awen ou Imbas) é sagrada, fonte de beleza, sabedoria e magia, e é alcançada e fortalecida por meio das artes (música, dança, desenho...), da meditação, preces e ritos. 


8. Acreditamos que nosso propósito é alcançar a sabedoria, a honra, a felicidade e uma maior integração com os Deuses e a natureza, através da observância e prática dos valores e preceitos morais, espirituais, bem como outras ações análogas que fortaleçam as virtudes. 


9. Consideramos os laços comunitários ou tribais como sagrados, bem como os laços familiares e conjugais, e devem ser honrados. A harmonia dentro do clã e entre os membros deve ser preservada e fortalecida. 


10. Acreditamos no equilíbrio de forças no Universo, representadas por complementares como Luz e Sombra, Verão e Inverno, Dia e Noite, Céu e Terra, Masculino e Feminino, Razão e Intuição, Matéria e Espírito... Com isso, não acreditamos em um mal absoluto, mas na ideia de equilíbrio ou desequilíbrio dessas forças ou energias. Tudo na natureza, incluindo nós seres humanos, é cíclico, passível de mudanças e transformações, que são essenciais a Vida.


11. Somos contra o preconceito e discriminação de religião, etnia, escolha sexual, cor ou gênero. Reconhecemos e valorizamos a diversidade cultural e religiosa da humanidade. Respeitamos a singularidade de cada indivíduo e cultura, por isso não fazemos proselitismo. 


Acreditamos que o ser humano deve viver com base nas Nove Virtudes* , apresentadas abaixo:


Verdade

Ser verdadeiro, honesto e sincero nos empreendimentos e comprometimentos em geral.

Honra

Ser íntegro moralmente, digno de respeito, renome e admiração da touta (tribo, clan, grupo). 

Excelência

Ser excelente, esforçado, empenhado e buscador do melhor no que empreender ou se comprometer, de acordo com as limitações, trabalhando com precisão e habilidade. 

Justiça

Ser justo, averiguar a particularidade dos casos, conhecer os procedimentos legais, os costumes tradicionais e pautar-se pela “compensatoriedade”. 

Hospitalidade

Ser hospitaleiro, gentil, não permitir danos aos hóspedes e sempre que possível observar os costumes e ritos para amizade. 

Coragem

Ser corajoso, valente, mas principalmente Sábio diante de perigos e situações inusitadas.

Lealdade

Ser leal de acordo com o comprometido, manter a palavra dada e os juramentos (até ser dispensado destes) em toda e qualquer hipótese, salvo contradizer juramentos ainda vigentes (como o de respeitar a legislação do país, por exemplo). 

Piedade Religiosa

Ser cultor dos costumes, cerimônias, lugares sagrados e práticas religiosas; ser reverente aos deuses, ancestrais e espíritos locais, buscando o máximo de reciprocidade possível; abster-se de maldades, creditar os sacerdotes, auspícios, interditos e demais imperativos religiosos. 

Respeito

Respeitar as entidades, os costumes tôuticos ("comunitários/tribais"), regionais e as legislações municipais, estaduais e federais; não defender posturas discriminatórias previstas como crime pela legislação (racismo, sexismo, homofobia, etc.). 


*O texto sobre as virtudes celtas foi elaborado por Marcílio Diniz e publicado no site www.brigaecoi.blogspot.com .