Quando os pés não puderem mais andar,
Quando em peso a se curvar,
Quando o mundo residir em meus ombros,
Saberei da força em mim.
Não o mais forte, não o mais fraco;
O mais bravo, o vencedor.
Merecido no peito a arquear quando mais noite ao dia raiar.
Não temo a morte, não temo a vida.
Só posso temer as amarras de cada dia, de cada olhar.
Porém, envolto em sangue, feita a minha oferta,
Reivindico a força, pois semeio o pulsar da coragem.
Nos golpes da lâmina, no cicatrizar das feridas,
No abrir dos cortes, estou em ti e velo e revelo o sagrado em ti.
Sua batalha é sua oferta.
E armado com minhas armas a aceito;
De peito aberto, sábio e esperto, a aceito.
Por Thiago Borba
Texto em Honra a Deusa Scathach em ocasião a Celebração de Samhain 2017.
(Imagem: Cary McAulay)
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