"No dia 02 de junho de 2015, eu sai de Belém/PA e viajei para Curitiba/PR em busca de um evento espiritual... o VI EBDRC. A jornada toda foi uma grande aventura, sendo que me perdi na cidade logo que deixei o aeroporto da dita capital ecológica. O 6° Encontro Brasileiro de Druidismo e Reconstrucionismo Celta se aproximava a cada momento, e a ansiedade crescia, eu me sentia inquieto, nervoso, mas feliz.
O evento teve seu início oficial no dia 04, às 13h:00, na Chácara Aizen... E também oficialmente, começava, nesse exato instante, o evento espiritual mais engrandecedor e distinto dos quais eu já havia participado. Talvez seja exagero eu falar dessa forma (embora eu creia que não). O ambiente parecia perfeito, o clima entre todos aparentava ser o de fraternidade, e a paisagem... Ah... Possivelmente o aspecto mais belo daquela realidade. Sensações as quais me perseguem a todo instante, o que as faz inesquecíveis.
Pude conhecer pessoas que as quais só conhecia via internet, ou que apenas havia ouvido falar, bem como pude conhecer novas personalidades, cada um com talentos únicos, com traços singulares. Na verdade, a única humana que eu conhecia ali, era a Mayra Darona NíBrighid, a qual representou o Clann an Samaúma muito bem em todos os momentos, levando sempre consigo a força da Amazônia. Toda essa convivência, com inúmeros familiares (pois é isso que creio serem: uma família) diferentes entre si, mas unidos por algo em comum, me fez verificar interpretações diferentes de uma mesma virtude, mas que ainda sim, conectava a todos – o que me fez crescer de forma descomunal, tanto culturalmente, quanto espiritualmente.
Fiz várias caminhadas (sozinho ou acompanhado) diurnas e, principalmente, noturnas. Na primeira caminhada noturna, para não dizerem que sou irresponsável (haha), eu levei uma iluminação artificial: o flash da câmera. Mas logo o guardei e fui caminhar sem o equipamento, bem como fiz nos dias seguintes. Tudo parecia sempre tão quieto, incessantemente tocado pela luz da lua, continuamente acariciado pelo silencio... A beleza do local era congelante. Me sentia afastado de tudo... Eu estava diante daquilo que sou. A sensação é indescritível. A inspiração parecia brotar das árvores.
Eu esperei por esse momento desde 2012, e a viagem valeu cada centavo investido, cada segundo que empreguei no local. Rendeu ótimos laços, rendeu grandes memórias.
Gratidão a todos que contribuíram, de forma direta ou indireta, com essa jornada".
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(Keven Magalhães, membro do Clann an Samaúma).
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